quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

França 1938

França 1938 A guerra bate à porta.

Hegemonia do fascismo: Brasil se destaca, mas Itália conquista o bicampeonato
Brasil Organizada pela primeira vez, seleção faz boa campanha e vai longe na Copa.
 

Na última Copa antes da Segunda Guerra Mundial, o Brasil, pela primeira vez na história, conseguiu ir além das rodadas iniciais. Confiante, talvez até em demasia, a seleção ficou próxima do título. Foi o Mundial dos europeus, com apenas três seleções de fora do continente: Cuba, Índias Holandesas e Brasil. Por aqui, era a época áurea do rádio, com direito a transmissões de boletins do torneio na França.
Mais organizado e sem desfalques por brigas bairristas, a seleção estreou com vitória por 6 a 5 sobre a Polônia, na prorrogação. Leônidas travou um duelo particular com o atacante polonês Willimowski. No final do jogo, o europeu havia marcado quatro gols, um a mais que o brasileiro.
Nas quartas de final, o Brasil precisou de 210 minutos para passar pela Tchecoslováquia, que contava ainda com o artilheiro da Copa anterior, Oldrich Nejedly, e o lendário goleiro Planicka. A primeira partida terminou empatada em 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, e foi necessário um jogo extra para determinar o semifinalista.
Devido à violência do encontro anterior, brasileiros e tchecos entraram em campo 48 horas depois bastante desfalcados. Com uma equipe reserva reforçada pelo "Diamante Negro", o Brasil venceu de virada, por 2 a 1, com gols de Leônidas e Roberto.
Na semifinal, o Brasil encontrou pela frente a Itália. O feriado de Corpus Christi no país favoreceu o acompanhamento da partida por milhares de torcedores, ligados na transmissão de rádio feita por Gagliano Netto, o único locutor brasileiro presente ao Mundial.
Para aqueles que acompanharam a partida, os brasileiros teriam menosprezado o adversário. Além disso, em decisão controversa, o técnico Ademar Pimenta optou por deixar Leônidas no banco de reservas, alegando uma contusão, quando o atacante teria condições de atuar.
Logo no início do segundo tempo, aos 10min, Colaussi abriu o placar para os italianos. Cinco minutos depois, o árbitro suíço Hans Wuthrich acertadamente marcou pênalti de Domingos da Guia sobre o atacante Piola numa falta fora do lance. Apesar dos protestos, Giuseppe Meazza cobrou com perfeição e ampliou a vantagem italiana. No fim do jogo, aos 42min, Romeu ainda descontou para o Brasil, mas já era tarde.
No entanto, restou ao Brasil a disputa pelo terceiro lugar, contra a Suécia. Com Leônidas em campo, a seleção venceu por 4 a 2 e encerrou de forma honrosa a sua melhor participação em Copas até então.

Nenhum comentário:

Postar um comentário